sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Nem os animais escapam ao desgoverno da Câmara Municipal de Alcochete

Porque gosto de animais e porque estas situações me chocam e são reveladoras da total desgovernação do concelho de Alcochete , não poderia deixar de publicar no Alcochetanidades este texto da autoria da minha amiga RUTE FIGUEIREDO.

« Denuncio o facto da Câmara Municipal de Alcochete incluir no seu site institucional (www.cm-alcochete.pt) conteúdos e informações que não correspondem à verdade, enganando assim os munícipes e todos os seus outros visitantes.
Referimo-nos em concreto à informação disponibilizada sobre o canil municipal (
Áreas de Interesse/Ambiente/Canil-Gatil), que se impõe desmentir a bem da verdade, da saúde pública e a bem do esforço dos trabalhadores que lá trabalham e das outras pessoas que voluntariamente se dedicam a esta nobre causa.
Assim e contrariamente ao afirmado no site, esclareço:
Não há, nem nunca houve, nenhuma valência de Gatil;
A acção conjunta que existe actualmente com a Associação “Os Canitos”, resume-se ao facto de a Câmara apanhar os animais errantes e a Associação ter que os tratar, vacinar e desparasitar. Fomos inclusivamente informados de que à custa disso a “Canitos” tem uma avultada dívida no veterinário;
Infelizmente, a CMA não cumpre o disposto no Decreto-Lei n.º 314/2003, pelo que não existe nenhuma cela semicircular para quarentena nem nenhuma cela destinada ao isolamento de animais particularmente agressivos;
A CMA promove uma vez por ano a desparasitação dos cães recolhidos, ficando as restantes duas desparasitações necessárias à custa da Associação, bem como a desparasitração de cachorros bebés que chegam ao canil.
A Autarquia não dispõe de meios adequados para a captura e transporte de animais, nem de pessoal devidamente treinado para esse efeito, chegando mesmo a utilizar viaturas particulares;
Desconhece-se qualquer programa e seus resultados, com vista ao treino de novos donos e ao apadrinhamento de cães;
Além de não cumprir a promessa eleitoral de construir um novo canil municipal, este Executivo tem a ousadia de publicar no seu site oficial, que deveria servir para informar com verdade os seus utilizadores, uma ficção que nada tem a ver com a actual situação em que se encontra o canil municipal. A verdade é que este Executivo não considera importante o assunto, muito pelo contrário, é algo incómodo e aborrecido que fingem desconhecer.
Dadas as precárias condições materiais e físicas do canil, o seu funcionamento fica a dever-se única e simplesmente ao esforço e à dedicação da funcionária que lá presta serviço, a qual contrariando as mais variadas adversidades consegue dia a após dia garantir que estes animais abandonados tenham as melhores condições possíveis.
O actual canil municipal envergonha Alcochete. Este canil partilha o terreno da antiga ETAR, onde até há pouco tempo os animais corriam o risco de cair para dentro das suas águas fétidas ou de ser infectados por picadas de mosquitos.
O actual canil municipal não garante as devidas condições de trabalho aos seus funcionários e não respeita as condições exigidas na legislação em vigor para este tipo de equipamento, factos que deveriam ser suficientes para uma intervenção da Câmara.
Apelamos a todos os moradores do Concelho que, possuem ou gostem de animais, e em nome desse afecto, visitem o actual canil, para constatar no local a forma como esta autarquia trata este assunto»

Rute Figueiredo

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A voz de quem sabe

No passado dia 09 de Janeiro o Alcochetanidades fez uma chamada de atenção ao orçamento de matriz marcadamente eleitoralista da Câmara Municipal de Alcochete para 2009 aprovado pela maioria comunista.*
Na última edição do Jornal de Alcochete (28.01), Jorge Borges da Silva , lider do PSD local , publicou um artigo intitulado «Orçamento de Conveniência» que disseca detalhadamente o orçamento camarário para 2009 , com o rigor próprio de quem sabe do que fala.
Para todos que se interessam verdadeiramente pelas questões relacionadas com o desenvolvimento do concelho independentemente da filiação ou preferência partidária é imprescindivel ler esse artigo de Jorges Borges da Silva , peça jornalistica que pela qualidade e rigor com que aborda um tema tão complexo , merece ser aqui mencionada.

Aqui fica o link:
http://www.jornaldealcochete.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1401&Itemid=87

*http://alcochetanidades.blogspot.com/2009/01/oramento-da-vergonha.html

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Para mexer com as consciências!

CLIQUE NA FOTO PARA AUMENTAR

Antes ainda de passar a abordar o terceiro vector estratégico a ter em conta na elaboração do Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Alcochete que optei por denominar de Alcochete Concelho de Inovação e Desenvolvimento , não prescindo de voltar um pouco atrás para ilustrar a premência de promover a regeneração ambiental , social e económica do núcleo antigo de Alcochete , cada vez mais degradado e desertificado , e que abordei a propósito do segundo vector estratégico , Alcochete Concelho Solidário e Seguro.
As fotos que integram o mosaico que ilustra este texto não foram tiradas na faixa de Gaza , nem são fotos tiradas num passado remoto , nem sequer nalgumas ruinas de interesse arqueológico.
As fotos foram tiradas hoje , e foram tiradas à entrada ou no coração da Vila de Alcochete e serão certamente familiares para muitos de vós. E não estão aqui todas...
Basta circular a pé ou de carro em Alcochete para em cada esquina deparmo-nos com situações como estas que estão documentadas no mosaico de fotos.
Olhem bem para as fotos e perguntem a vocês próprios. Ao fim de 30 anos de poder autárquico democrático em Alcochete não teria sido possível evitar um cenário confrangedor como este? Vamos continuar assim?
É ESTA A IMAGEM QUE QUEREM PARA A NOSSA VILA?
Pelo que é dado a ver se calhar é mesmo preferível que os visitantes do concelho se fiquem pelo Freeport…

Alcochete Concelho Solidário e Seguro - Conclusão

Sem perder o «fio à meada» prossigo no âmbito do segundo vector ou pilar estratégico cuja consideração propus na elaboração de um PEDA (Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Alcochete) e que apelidei de Alcochete Concelho Solidário e Seguro.
Depois das acções atinentes à dinamização e regeneração ambiental , social e económica do núcleo antigo de Alcochete como uma das bases deste vector estratégico do desenvolvimento do concelho , importa igualmente destacar o apoio a acções no âmbito da promoção da saúde , quer na sua vertente preventiva , quer curativa.
Nesta sede , sugiro a título exemplificativo , e numa era em que os problemas de índole alimentar como a obesidade ou a anorexia marcam parte significativa da população , que se promovam no concelho acções de Educação Alimentar , visando a promoção de hábitos alimentares mais saudáveis sobretudo entre os mais novos e na terceira idade.
De igual forma destaco iniciativas de prevenção do tabagismo fomentando uma nova geração de alcochetanos não fumadores e a promoção de programas de actividades desportivas para todas as idades.
Por fim sugiro que se elabore uma Carta Concelhia de Saúde com vista a facilitar a informação dos serviços disponíveis.
Com espaço neste vector estratégico está a promoção da cultura e da identidade Alcochetana.
Depois de investimentos significativos em equipamentos culturais como o Fórum Cultural de Alcochete e da Biblioteca Municipal , muitos munícipes continuam a questionar o respectivo nível de aproveitamento , sobretudo do primeiro , equipamento desde sempre envolto nalguma polémica.
Uma das formas de dinamizar esse equipamento para além das habituais iniciativas no âmbito da música e das artes plásticas seria a promoção de um Fórum de Artes de Alcochete envolvendo artistas , intelectuais e professores residentes no concelho que permita a geração de ideias , acções e projectos nesse âmbito. E porque não aproveitar esse tipo de iniciativas para realizar um estudo de viabilidade de uma Escola de Artes em Alcochete ? Ou de um Clube de Artistas entendido como espaço de convívio e intercâmbio de ideias?
Claro está que este tipo de equipamentos e algumas das sugestões aqui deixadas pode e deve ser direccionada no sentido da promoção naquele e noutros espaços de iniciativas de divulgação da história do concelho e respectivas tradições , integrando os eventos e os seus testemunhos mais emblemáticos num pacote de promoção da identidade alcochetana , introduzindo-lhes uma maior expressão e estilo , sugerindo mesmo a criação de um Roteiro do Património Natural , Histórico e das Tradições Alcochetanas.
No domínio da Segurança Pública e da Tranquilidade , tema recorrente dos noticiários diários fruto da onda de criminalidade que afecta o país e que a todos preocupa , não seria descabido reflectir sobre a utilidade da criação a médio prazo de uma Empresa Municipal de Segurança que articulasse com a GNR um conjunto de acções com vista reforço da segurança pública no concelho.
No âmbito da protecção civil importa divulgar as Normas de Segurança e Prevenção contra as Catástrofes Naturais junto dos munícipes , e em articulação com as demais entidades envolvidas nesta matéria , elaborar uma Carta de Risco do Concelho de Alcochete que identifique os vários factores de risco em toda a área do concelho.
Por fim , e para encerrar este segundo vector estratégico do desenvolvimento de Alcochete , volto a sugerir a criação de um Senado de Alcochete como orgão consultivo do Presidente da Câmara Municipal.Esta proposta , que já tinha apresentado no Praia dos Moinhos em 2007* , tem como objectivo a instituição de um orgão gerador de ideias e pareceres que permitisse estabelecer uma ligação entre a visão de longo prazo para o concelho e a realidade de curto prazo da gestão do dia a dia do espaço do território , ou seja tratar-se-ia sobretudo de um orgão de reflexão estratégica sobre o desenvolvimento do concelho integrando figuras locais das mais diversas áreas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Segundo Vector Estratégico do PEDA - Alcochete Concelho Solidário e Seguro


Depois de ter dada merecida atenção a alguns visitantes preocupados com a fiabilidade de um contador de visitas que entretanto reciclei , volto ao trilho do tema central do Alcochetanidades para então «atacar» o segundo vector ou pilar estratégico que proponho seja considerado na elaboração de um PEDA (Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Alcochete) e que apelidei de Alcochete Concelho Solidário e Seguro.
Para os que entretanto se perderam nas voltas irrequietas do contador de visitas deste espaço , relembro que optei por elencar este vector antes dos relacionados com os interesses específicos do crescimento económico do concelho , uma vez que em caso de incompatibilidade , deve privilegiar-se antes de mais o bem estar e a qualidade de vida dos munícipes.
Entre as acções que considero adequadas à implementação deste segundo vector seleccionei antes de mais a dinamização e regeneração ambiental , social e económica do núcleo antigo de Alcochete.
De seguida abordarei acções atinentes à promoção da saúde , apoio aos grupos sociais mais vulneráveis , promoção da cultura e da identidade Alcochetana , e finalmente retomarei uma proposta que apresentei de forma avulsa em Novembro de 2007 no Praia dos Moinhos e que respeita concretamente à criação de um Senado de Alcochete como orgão consultivo do Presidente da Câmara , e que agora integro nesta reflexão sobre o desenvolvimento estratégico do concelho.
(http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2007/11/um-senado-para-alcochete-mais-uma.html)
Deixando para os textos seguintes as restantes acções acima referidas no âmbito deste segundo pilar estratégico , reitero que a dinamização do núcleo antigo de Alcochete na sua múltipla vertente ambiental , social , económica e urbana visa prioritariamente tornar essa zona da Vila mais atractiva para residir , trabalhar , fazer compras , conviver e usufruir de funções centrais.
Para tal revelar-se-ia imprescindível qualificar o espaço em causa , ,melhorando as infraestruturas , dando um novo tratamento ao espaço da via em beneficio dos peões e introduzir mobiliário urbano de qualidade.
De igual forma seria necessário promover a implementação de equipamentos «âncora» inovadores e de qualidade que provoquem impulsos positivos para a requalificação do núcleo antigo da vila , bem como melhorar significativamente a sua qualidade ambiental, nomeadamente no que respeita à limpeza e higiene pública , qualidade do espaço verde existente e da imagem urbana do local.
É no âmbito desta acção que se enquadra a temática da revitalização do comércio tradicional já abordada no Alcochetanidades. Efectivamente , e relembrando o que aqui foi escrito no passado dia 19 de Janeiro no post intitulado Dinamizar , Requalificar e Promover referi que «Para tal será decisivo que a autarquia assuma uma dinâmica integrada que devolva à vida a vila de Alcochete , dinâmica na qual a reabilitação urbana e a requalificação dos espaços assumem papel decisivo para a tornar mais atractiva e acolhedora.».
http://alcochetanidades.blogspot.com/2009/01/dinamizar-requalificar-promover.html
Nessa dinâmica enquadro o apoio a iniciativas que visem a promoção global do comércio existente e a implantação do comércio especializado , bem como a criação de prémios e certificados de qualidade para o comércio localizado nesse espaço , de acordo com critérios de atribuição acordados entre a CMA e a Associação de Comerciantes.
A este propósito e porque se fala recorrentemente do assunto , não prescindo de referir que considerar a possibilidade de instalação de uma Loja do Cidadão no espaço do Freeport será , a concretizar-se , uma oportunidade perdida de trazer para dentro do núcleo urbano de Alcochete um serviço com uma capacidade considerável para dinamizar a vida nesse espaço , e de por arrastamento criar sinergias muito positivas para outros sectores de actividade que ali estão instalados ou que ali se venham a instalar.
Por fim , poder-se-á ainda considerar a possibilidade de criar Bolsas de Oportunidades de Negócios no núcleo antigo de Alcochete que incentivem o dinamismo económico e a especialização funcional em complementos das actividades comerciais ali existentes.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os efeitos curiosos de um Choque Frontal com a Verdade

Qual «velho carvalho» derrubado pela intempérie como este na foto ao lado, alguns camaradas estalam de raiva por efeito do choque frontal com a verdade... E não é que o impacto foi tão grande que de repente até fazem pedidos a quem deles tanto mal diz? Vão até ao «Praia dos Moinhos» e constatem com os vossos próprios olhos. É um espanto!
Confesso que agora só falta mesmo virem dizer que as fotos do Sitio das Hortas hoje publicadas no «Alcochetanidades» são uma montagem.

Não percamos mais tempo com a história do «carvalho partido».Vamos a isto que há mais textos a preparar sobre temas que verdadeiramente interessam aos munícipes de Alcochete!


Sitio das Hortas - Foco de Risco Ambiental e Símbolo da falta de rigor da CMA

Clique na foto para aumentar
Depois de ter desenvolvido as minhas ideias sobre o primeiro vector estratégico do desenvolvimento sustentável de Alcochete - Alcochete Concelho Amigo do Ambiente - , e antes de passar ao segundo vector ou pilar que apelidei de Alcochete Concelho Solidário e Seguro , não prescindo de denunciar no Alcochetanidades , aquilo que considero o símbolo da chamada «Hipocrisia Ambiental» reinante em Alcochete .
Refiro-me claro está ao «Pólo Ambiental do Sitio das Hortas» , utilizado como bandeira eleitoralista pelo actual executivo camarário em matéria de ambiente , e que é , de forma chocante , a evidência de uma politica sem rumo estratégico , marcada pela obra avulso , e sem qualquer preocupação de rigor.

Quem se der ao trabalho de visitar o «Pólo Ambiental» do Sítio das Hortas depara-se com um cenário confrangedor.
Conforme os visitantes do Alcochetanidades poderão constatar pela observação cuidada das fotos que compõem o mosaico que ilustra este texto (tiradas hoje dia 26.01.2009), desde os acessos esburacados e completamente enlameados em tempo de chuva , passando pelo amontoado de construções clandestinas abarracadas que o circunda , até à verdadeira lixeira a céu aberto existente na margem do rio ali mesmo em frente , tudo constitui uma evidência do que é uma gestão autárquica feita «em cima do joelho» .
Qualquer auditoria ambiental , por mais incipiente e sumária que fosse , concluiria que a zona envolvente ao «Pólo Ambiental» do Sítio das Hortas é um local de risco ambiental , e um paradigma da ausência de uma verdadeira politica de ambiente em Alcochete.

PS: A inércia camarária fica bem evidente nesta outra situação que aqui documento. Já repararam há quanto tempo é que a entrada na Vila de Alcochete , a partir do Pingo Doce para a frente , já por si uma imagem de descuido e desleixo , está desde há semanas«embelezada» por este contentor de entulho que ocupa toda a berma até ao limite da estrada , e que a foto abaixo documenta , sem que aparentemente incomode os responsáveis camarários? Reparem no pormenor da cabeça de cavalo a sair do contentor de entulho. Bem Vindos a Alcochete!







domingo, 25 de janeiro de 2009

A concretização do Pilar Estratégico Alcochete Concelho Amigo do Ambiente - Conclusão

Depois de abordar a necessidade de delimitar uma zona que apelidei de Mega-Parque de Alcochete como a primeira das acções inerentes ao primeiro pilar ou vector estratégico que devem constituir a base de trabalho para a elaboração de um PEDA ( Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Alcochete) , que denominei de Alcochete Concelho Amigo do Ambiente , passo então a referir as restantes quatro acções especificas que entendo importantes à concretização deste vector e que são:
- A Promoção da Educação Ambiental e apoiar e incentivar os munícipes a adoptar estilos de vida ambientalmente correctos.
- O aumento da massa verde do concelho;
- A elaboração de um regulamento municipal de ambiente e a preparação dos serviços de fiscalização camarária para agirem no âmbito da fiscalização ambiental;
- A realização periódica de auditorias ambientais nos aglomerados urbanos do concelho , ou mesmo em partes especificas da malha urbana no sentido de detectar e eliminar os maiores obstáculos à sustentabilidade ambiental desse local.
Com a primeira daquelas acções , promoção da Educação Ambiental procurar-se-á melhorar a informação e o comportamento ambiental dos munícipes , pela maior consciencialização para esta problemática , envolvendo mais munícipes em iniciativas pedagógicas de teor ambiental , bem como dos agentes económicos e institucionais existentes no concelho.
Para tal será necessário implementar e dinamizar uma rede de informação que promova a circulação de informação ambiental , nomeadamente pelo recurso às novas tecnologias de informação como a Internet e aos meios de comunicação locais e ainda pelo recurso a folhetos distribuídos pela Câmara Municipal , pelas Juntas de Freguesia.
Proponho também a criação de um Centro de Demonstração e de Experimentação do Bom Comportamento Ambiental que proporcione informação útil e aplicável no quotidiano dos munícipes , nomeadamente no que respeita ao funcionamento ambiental das suas próprias habitações (uso racional da água , energia , reciclagem) e no apoio a estilos de vida ambientalmente mais sóbrios , servindo ainda como um atelier de experimentação ambiental dirigido aos jovens e crianças do concelho.
O papel dos jovens e das crianças no desenvolvimento desta acção assume pois um destaque inegável , sendo a Escola o local privilegiado para o desenvolvimento de acções de educação ambiental.
Nesse âmbito sugiro a criação de Clubes de Ambiente na escola , e a promoção de acções pela Câmara Municipal e pela Reserva Natural do Estuário do Tejo junto dos estabelecimentos de ensino do concelho para dar a conhecer a forma como actuam na gestão de recursos naturais e na salvaguarda do meio natural de Alcochete.
E já agora , porque não ensinar e incentivar os alunos a promoverem auditorias ambientais à própria escola , a requalificar o espaço de recreio , a sua casa , incutindo-lhes hábitos de sustentabilidade que certamente favorecerão o surgimento de uma geração de munícipes mais preparados para estes desafios.
No que concerne ao aumento da massa verde do concelho importa relembrar que Alcochete tem um passado agrícola que contribuiu para a redução significativa da vegetação arbórea. Sugiro que se pondere e estude a viabilidade de aumentar a massa verde existente no concelho através de um plano , que deve naturalmente prever incentivos e protocolos para a plantação de árvores em propriedade privada.
A elaboração de um Regulamento Municipal de Ambiente também se afigura como uma acção fundamental à concretização do vector estratégico Alcochete Concelho Amigo do Ambiente. Deve constituir um corpo regulamentar que por um lado sistematize a legislação nacional aplicável e por outro crie um quadro normativo espacialmente adaptado às opções locais. O Regulamento incidirá naturalmente sobre os vários descritores ambientais e as actividades com impacte no ambiente , adoptando o principio já referido num texto anterior do «poluidor-pagador».
Por fim resta referir a realização sistemática de auditorias ambientais que permitam realizar diagnósticos periódicos da qualidade ambiental e urbana em Alcochete , sugerindo que se envolvam nestes procedimentos os agentes locais como as associações de moradores , comerciantes e empresas , entidades prestadoras de serviços públicos (GNR , Bombeiros , Centro de Saúde) , e os estabelecimentos de ensino nos moldes que acima referi.