Após a recente substituição de Paulo Morais à frente do Jornal de Alcochete , eis que surgem mais novidades sobre o periódico em causa. Nova Directora , nova politica editorial.
Subitamente , e no preciso momento em que era importante informar a população de Alcochete sobre acontecimentos de relevo na vida politica local , mudaram os critérios editoriais.
A perda de alguns milhões de euros decorrente da reprovação dos projectos camarários aos fundos do QREN é um facto suficientemente gravoso para o concelho para justificar uma boa cobertura jornalistica de um jornal que se afirma como local.
Tal facto impunha um trabalho jornalistico responsável , com audição de todos os intervenientes , (Câmara Municipal , partidos da oposição e os próprios serviços do QREN ) de molde a preparar uma peça jornalistica isenta e objectiva que contribuisse para o cabal esclarecimento dos municipes sobre essa questão.
Ao tentar divulgar a sua posição sobre a matéria junto do Jornal de Alcochete , o PSD deparou-se com o aparente desinteresse da respectiva directora.
Mais , fomos informados que a partir de agora os Artigos de Opinião não podem ter mais de 500 caracteres , ou seja mais ou menos dois parágrafos. Qualquer Artigo de Opinião que ultrapasse aquele limite só ficará acessivel na edição do jornal on-line , sabendo-se de antemão que boa parte da população dificilmente acederá on-line a essa informação.
Num ano de eleições em que mais do que nunca se justificava a divulgação de questões de interesse relevante para os municipes e para o concelho e a troca de opiniões sobre as mesmas, eis que uma noticia que envolve um prejuizo de milhões de euros para o concelho é preterida pela noticia (infelizmente cada vez mais comum) de mais uma criança que nasce numa ambulância , noticia que , juntamente com o Carnaval , ocupa a primeira página da última edição do nosso jornal local.
Adivinhem a quem é que interessa mais esta alteração da politica editorial do Jornal de Alcochete?
«NOBLESSE OBLIGE» - ESCLARECIMENTO: A perplexidade que aqui demonstro sobre estas alterações no Jornal de Alcochete não encerra qualquer insinuação de que existe um relacionamento privilegiado entre o periódico e o poder instituído . Pelo contrário ,traduz apenas a minha legitima perplexidade enquanto leitor assiduo do JA pelo facto de tais opções não permitirem uma abordagem aprofundada de assuntos de relevo para o concelho , facto que na minha modesta perspectiva representa uma diminuição qualitativa da informação disponibilizada aos leitores com prejuízo para o próprio jornal.
Obviamente que se trata de uma opinião pessoal , sem prescindir contudo de afirmar que tal diminuição qualitativa da informação disponibilizada acaba por ser mais vantajosa para quem não tem ideias para o concelho ou para quem pretende ocultar os seus próprios falhanços.
O que Luís Proença diz aqui tem toda a pertinência, razão por que, se defendemos realmente Alcochete, não o podemos deixar sozinho.
ResponderEliminarPor não concordar com Luís Poença sobre alguns temas estratégicos, não quer dizer, longe disso, que discorde dele em tudo.
A quem mais interessa essa alteração nos critérios editoriais do jornal?
ResponderEliminarVejamos... Com uma pequena alteração no limite de caracteres por artigo (que, na prática, torna inviável a publicação de um texto dessas características com um mínimo de clareza ou de coerência), impede-se que os camaradas se enterrem cada vez mais nos próprios disparates e tapa-se a boca à oposição.
Acho que o Luís Proença deveria escrever um artigo com os tais 500 caracteres a falar sobre o seu blogue. Tem motivo para isso porque o mesmo já foi referido indirectamente em outros artigos. Assim, alguns leitores do jornal poderiam visitar este espaço e ter acesso ao contraditório.
Se lhe negarem o espaço pode sempre utilizar o direito de resposta, nos termos da lei. Fica a sugestão.
...Pseudo-jornalismo...a quanto obrigas...!!
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