quarta-feira, 22 de julho de 2009

Os dramáticos dilemas politicos do Partido Comunista em Alcochete

Não posso deixar de sorrir quando reflicto no tremendo dilema politico que ensombra a vida dos comunistas em Alcochete e noutras Câmaras de maioria comunista da margem Sul.
Sócrates e o governo socialista prometem não suspender as grandes obras públicas projectadas para a margem sul do Tejo , com especial incidência para o aeroporto e TGV.

O PSD nacional tem pela voz da sua líder reafirmado a sua intenção de redefinir as prioridades e de não avançar com tais projectos no contexto de crise que o país atravessa.

Os autarcas da margem sul do Tejo anseiam pela concretização destes mega investimentos na esperança que os mesmos permitam valorizar a região e dinamizar as frágeis economias locais.

Luis Franco (Dr.) e a CDU em Alcochete passaram o mandato a justificar o seu imobilismo e falta de iniciativa com a crise e com uma pretensa perseguição a Alcochete por parte de Lisboa , que utilizando uma expressão de um cacique local do PC , prefere ver este concelho por baixo dos pilares da Ponte Vasco da Gama.

O problema é que a CDU em Alcochete e no Distrito de Setúbal não pode esquecer que uma derrota socialista nas legislativas , ou mesmo a inexistência de uma maioria absoluta desse partido na Assembleia da República pode ditar a suspensão dos investimentos que tanto anseiam ver implementados neste distrito.

Nessa medida vamos assistir a verdadeiros exercícios de hipocrisia politica por parte dos comunistas de Alcochete e do distrito de Setúbal nos próximos tempos.

Para fora vamos ouvi-los berrar que é tempo de Sócrates e o PS deixarem o governo. Por dentro é vê-los fazer figas para que o PS se mantenha no poder.

A verdade é que o Partido Comunista tem mantido um silêncio comprometido nesta polémica em relação à suspensão das grande obras públicas previstas para a margem sul do Tejo.

Ou muito me engano ou Luis Franco (Dr.) e os comunistas de Alcochete vão andar muito caladinhos nas eleições legislativas que antecedem as autárquicas de Outubro.

Ultimamente tem havido algumas vozes a querer marcar a agenda politica local com exigências dirigidas aos candidatos relativamente a questões que são obviamente pertinentes, e que serão esclarecidos no sitio e no momento adequados.

Já agora seria interessante desafiar Luis Franco (Dr.) e os comunistas de Alcochete a definirem uma posição quanto à possibilidade de suspensão destes investimentos públicos.

Por aquilo que percebi na apresentação do Alcochete2025 no Fórum Cultural de Alcochete é um cenário que nem passa pela cabeça de Luís Franco (Dr.).

Dilemas da politica que nas próximas legislativas vão provocar uma descoloração na bandeira do Partido Comunista de Alcochete , que durante esse período deve andar mais rosada do que encarnada.

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