quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Obrigado e até um dia...

Informo que comuniquei ao PSD a minha decisão de renunciar à candidatura à Assembleia Municipal de Alcochete.

O meu muito obrigado ao Dr.Borges da Silva pela confiança demonstrada , mas entre os meus principios politicos que impunham uma continuidade e os meus principios e valores pessoais que me levam a preserverar aquilo que eu designo pelo meu circulo de confiança , prevalecem os segundos.

Aproveito para reafirmar a minha convicção da excelência da candidatura de Borges da Silva e do PSD como alternativa válida e competente face a um passado comunista que promete continuar a arrastar Alcochete pelas ruas do atraso.

Agradeço a todas as dezenas daqueles que me têm ligado durante o dia , conhecidos e anónimos , manifestando a sua revolta e a sua preocupação pelo estado de coisas em Alcochete.

Agradeço aos 8 seguidores e aos inumeros que visitaram e comentaram o Blogue.

O Alcochetanidades fica on line para memória futura para quem quiser recordar as centenas de textos que publiquei aqui e no Praia dos Moinhos (O meu Muito Obrigado a Fonseca Bastos).

Quem tiver a curiosidade de visitar o Alcochetanidades desde o primeiro texto , vai encontrar criticas mas também dezenas de propostas sobre variadas matérias inerentes à Gestão Autarquica de interesse para Alcochete.

Um dia , quando me sentir contextualizado com a lógica politica e democrática de Alcochete ponderarei regressar à intervenção politica.

Para já a vil agressão de que fui vitima diz-me que não.

Um forte Abraço a Todos,
Muito Obrigado

Luis Proença

Sangue Politico em Alcochete.

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Fui durante 12 anos autarca noutro concelho.
Durante esse largo período de tempo travei nos jornais locais e nos órgãos autárquicos em que desempenhei as minhas funções duríssimas batalhas contra adversários políticos comunistas , socialistas e até do CDS.
Nessas batalhas politicas visei e fui visado com palavras duras , por vezes violentas dirigidas ao politico e às politicas , legitimamente proferidas no contexto da luta politica , contexto que exige daqueles que ocupam cargos políticos o poder de encaixe necessário capaz de lhes permitir enfrentar em termos adequados as criticas , repito , por vezes violentes , a que qualquer Politico digno desse nome , tem forçosamente de sujeitar-se.
Apesar da extrema dureza que esse combate politico envolveu em determinadas fases mais exacerbadas da agenda politica , a verdade é que nenhum dos intervenientes que conheci , em qualquer partido , confundiu o ataque politico com um ataque que visasse a sua singularidade como pessoa.
Fruto do respeito por esse principio , é com enorme prazer que ainda hoje reencontro em clima de grande amizade e até de saudosismo por essas lutas do passado , antigos adversários políticos desse concelho ,tendo inclusivamente chegado a ser advogado de alguns deles ( nomeadamente de dois autarcas comunistas ) durante um período que coincidiu precisamente com essas «batalhas» politicas , sem que tal prejudicasse essa relação profissional.
Vim para Alcochete por gostar da terra e por afinidades familiares.
Mas é porque GOSTO DE ALCOCHETE que intervenho politicamente , porque quero o melhor para esta terra que tanto gosto.

Foi com o espírito acima descrito que encarei a minha intervenção politica em Alcochete.
Tal opção revelou-se contudo totalmente inadequada ao contexto politico local.
Fruto de um período de quase 30 anos de poder exercido pelo mesmo partido neste concelho , Alcochete não desenvolveu um espírito de cultura democrática de tolerância que permita aos intervenientes políticos agirem no pressuposto que os ataques políticos não vão ser assumidos como ataques pessoais. O intervalo de quatro anos no exercício desse poder , ao invés de modelar no sentido positivo a cultura democrática alcochetana , parece , pelo contrário , ter acirrado a postura intolerante de quem julga ter direito genético ao poder eterno neste Concelho
Quando comecei a intervir nos Blogues , Praia dos Moinhos e Alcochetanidades , senti desde logo uma reacção desmesurada dos visados políticos , que manifestamente e de forma imprópria num contexto democrático normal , interiorizaram essas criticas como ataques pessoais.
Tal tendência exacerbou-se ainda mais quando a nova Direcção do PSD de Alcochete tomou posse em Outubro de 2008 e assumiu desde logo uma postura de oposição activa e visível ao poder instalado em Alcochete desde há décadas.
Neste últimos dias , fruto de maior visibilidade do PSD durante as Festas do Barrete Verde e das Salinas 2009 , visibilidade que teve o seu culminar com a disponibilização do Touro Mecânico que obviamente ainda chamou mais atenção para a presença laranja durante as festas , situação a que o poder comunista local estava pouco habituado , acentuaram-se as manifestações de incómodo e de nervosismo , bem evidenciadas pelo recrudescer de insultos e comentários neste blogue visando a minha pessoa e não a pessoa do politico da oposição.
Ainda há meia dúzia de dias uma alcochetana me dizia que «eu devia ser maluco e inconsciente» por fazer uma oposição tão declarada em Alcochete.
Sinceramente não a levei muito a sério , mas estou arrependido.
Na actividade politica há sempre aqueles que mais se expõem na intervenção nos jornais e nos blogues.
São os que mais dão a cara pelos respectivos partidos que mais facilmente se tornam alvo do combate politico. É absolutamente normal que assim aconteça.
Esses , mais do que os outros , devem estar preparados para perceber que tudo se passa no contexto da tal luta politica , e que atacam e são atacados como Políticos e não na singularidade das suas pessoas.
Luís Proença e Borges da Silva no caso do PSD , Luís Franco e Jorge Giro no caso da CDU.
Ontem , pelas duas da manhã , quando circulava na Rua Ruy Sousa Vinagre junto à Junta de Freguesia de Alcochete cruzei-me com um autarca comunista e candidato pela CDU nas eleições de Outubro.
Depois de me ter cruzado com ele senti um empurrão pelas costas.
Quando me tentava reequilibrar e voltar para perceber o que é que se estava a passar , o autarca comunista em causa , atingiu-me com um soco na face.
Não reagi , nem procurei desforço.
Desde há muito que aprendi que a diferença básica entre os animais e os homens reside essencialmente na nossa capacidade de gerir os nossos instintos básicos e primitivos.
Um Homem com H grande não é qualificado pela forma como usa os punhos contra adversários desprevenidos , mas sim pela superioridade que revela num contexto de adversidade quando mostra a si mesmo que ceder a instintos animalescos não é a melhor solução.
A verdade é que fui agredido fisicamente por um adversário politico.
Mais do que as lesões físicas resultantes dessa agressão , bem visíveis na foto e no sangue que manchou a camisola de campanha do PSD/Borges da Silva que trazia vestida , o que mais importa e mais interessa é a noção definitiva que adquiri que estou descontextualizado em termos políticos em Alcochete.
Aqui praticamente não há fronteira entre o conceito de adversário politico e de inimigo pessoal , conceito bem útil para quem tem o poder há quase 30 anos.
Mas mais do que estas minhas convicções interessa-me o bem estar daqueles que me são queridos e que verdadeiramente contam na minha vida , os quais têm vivido incomodados com os constantes insultos e avisos de que vou sendo alvo.
A agressão física de que fui vitima ontem tem um nome: VIOLÊNCIA POLITICA e com essa realidade eu não sei viver.
Estou em Portugal , terra em que o 25 de Abril de 1974 deveria ter sido sinónimo de tolerância e de cultura democrática.
PS: O meu muito obrigado aos bombeiros de Alcochete pela forma pronta e extremamente profissional como me assistiram depois da agressão.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cheira a TACHO...

Com o sentido de oportunidade que lhe é característico , FBastos , publicou no passado dia 10 de Agosto um texto no Praia dos Moinhos , no qual questiona os propósitos da abertura de concursos na Câmara Municipal de Alcochete para mais de 10% dos funcionários do município, boa parte dos quais quadros superiores , tendo em conta a época de crise e o momento eleitoral que se vive.
Sem querer repetir o teor do texto de FBastos , nem do oportuno e avisado comentário que o mesmo mereceu no Praia dos Moinhos , a verdade é que a transparência destes concursos exigia antes de mais que se esclarecesse qual o número EFECTIVO de lugares abertos a concurso para quem NÃO OCUPA já lugares na Câmara Municipal de Alcochete , nomeadamente para desempregados.
Isto é , impunha-se saber se existem casos de pessoas que estão a concorrer a cargos que já ocupam.
A resposta a este esclarecimento impunha porém , e antes de mais , que fossemos informados quantos contratados a termo resolutivo certo e quantos «avençados» existem na CMA , para depois confrontarmos essa lista com o nome dos candidatos admitidos a concurso e com o nomes dos finalmente escolhidos.
A transparência destes «concursos» deixa muito a desejar!

A começar pelos métodos de selecção em que a Entrevista de Avaliação de Competências (EAC) vale 65% no escolha final em detrimento dos 35% da Avaliação Curricular - OF = (AC×35 %)+(EAC×65 %).
A transparência destes concursos não está legislada nem garantida, mesmo que os membros do executivo não possam fazer parte do júri.
Serão, pois, os técnicos superiores da Câmara Municipal de Alcochete a ter que decidir quem serão os escolhidos , ou seja , se tal for o caso , terão de ser estes técnicos a… satisfazer as cunhas.

A abertura destes concursos em vésperas de eleições impunha a Luís Franco e à CDU um cabal esclarecimento destes pontos , sob pena de legitimarem todo o tipo de especulações , sobretudo aquela em torno da verdadeira intenção subjacente à respectiva abertura.

Estarão a garantir o lugar de quem já lá estava a título precário antes das eleições garantindo assim mais votos para o partido? Estarão a reforçar o quadro da CMA com mais camaradas do partido?

É que ninguém acredita que o PCP seja imune a estas tentações apesar de gostar de transmitir a imagem de virgindade nestas coisas.

É tudo uma questão de tacho!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Monumento à Obra Virtual em Alcochete

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Quem visitar o Largo Almirante Gago Coutinho junto ao Coreto durante as Festas do Barrete Verde e das Salinas é surpreendido por uma estrutura faraónica montada pela Câmara Municipal de Alcochete.

Uma estrutura que deve ter custado uma pequena fortuna ao erário municipal ( ou seja aos municipes ) e que , na minha perspectiva , simboliza perfeitamente o que Luis Franco e a CDU não fizeram em Alcochete nos últimos quatro anos.

Traduzido por miúdos , e estando em curso a campanha eleitoral , trata-se de um monumento temporário ao eleitoralismo comunista em Alcochete , feito à custa do dinheiro dos contribuintes , no interior do qual são apresentadas maquetes e projectos para o futuro , que mais não representa afinal do que obra por fazer , ou seja obra virtual.

Tratando-se de obra virtual , poderemos facilmente concluir que a estrutura em causa é afinal uma espécie de monumento que pode simbolizar a ausência de obra feita de Luis Franco e da CDU nos últimos quatro anos. Um monumento ao que não se fez e deveria ter sido feito.

Perante isto não posso deixar de reflectir na mensagem de um cartaz gigantesco da CDU colocado bem no coração de Alcochete , em que os candidatos comunistas afirmam: «Contamos Consigo»

Pena é que ninguém possa contar com eles...

Homenagem à Forcadagem Alcochetana. Olé

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A minha singela homenagem à briosa Forcadagem Alcochetana. O futuro está garantido. Olé!

domingo, 9 de agosto de 2009

O Camarada Jerónimo não aqueceu

Ontem estive de serviço na «barraquinha» do PSD nas Festas do Barrete Verde e das Salinas. Assisti à passagem do Secretário Geral do PCP Jerónimo de Sousa pelas Festas.
Para além da comitiva de 4 ou 5 camaradas de Alcochete (candidatos à Câmara Municipal), nem a presença de uma equipa de reportagem da RTP chamou a atenção dos milhares que ontem encheram as ruas da Vila que praticamente ignoraram a presença do lider comunista.
O ponto alto desta passagem fria do lider comunista aconteceu junto à «barraquinha» de comes e bebes da CDU , quando uma camarada mais entusiasmada gritou estridentemente PCP,PCP...ninguém a acompanhou...
Definitivamente o camarada Jerónimo não aqueceu...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Assistência nas Praias de Alcochete - Uma Utopia perigosa

Como é costume na época estival , o calor e as férias atraem às praias do concelho de Alcochete quantidades significativas de municípes e visitantes.
O Verão deste ano não foge à regra , tendo até constatado um aumento no número de banhistas a frequentar diariamente as praias de Alcochete e Samouco.
Perante este cenário não é possível deixar de abordar a questão da Assistência nas praias de Alcochete , nomeadamente no que respeita àquilo vulgarmente se denomina de «socorros a náufragos».
Por outras palavras , para além do único socorrista que os Bombeiros de Alcochete disponibilizam para prestar serviço na praia , socorrista que não pode prestar assistência a quem precisar de ser socorrido na água , não há nestas praias um serviço de nadadores salvadores que garanta assistência a quem se encontrar em dificuldade na água.

Independentemente da questão das concessões , a verdade é que a legislação em vigor prevê a possibilidade de contratação de nadadores salvadores em praias não concessionadas.

No caso de Alcochete , a Câmara Municipal , ou as Juntas de Freguesia , deveriam garantir , directa ou indirectamente , a existência de um serviço de nadadores-salvadores.
Seria , na minha modesta opinião , um gesto elementar de zelo ,cuidado e de respeito para quem frequenta as praias do concelho.

Obviamente que contar com essa iniciativa por parte dos actuais executivos autárquicos de Alcochete é pura utopia.

Não conheço o registo de incidentes graves com banhistas nas praias de Alcochete , mas há quem me garanta que já houve aqui mortes por afogamento.
Se assim tiver sido , espero que não seja necessário haver acidentes a lamentar para que este assunto seja discutido com seriedade.