Foi durante esta semana que um dos visitantes do Alcochetanidades suscitou de forma pertinente a questão dos transportes públicos no concelho , apelando a uma tomada de posição sobre a matéria.
A questão da mobilidade , na qual se inclui a problemática dos transportes públicos em Alcochete será objecto do Programa Eleitoral da candidatura do PSD às autárquicas 2009.
Tal facto não me impede contudo , motivado pela intervenção oportuna do visitante do Alcochetanidades , de tecer alguns considerandos sobre uma questão que interessa a todos os alcochetanos , independentemente de utilizarem ou não os transportes públicos.
Antes de mais é importante referir que a questão da mobilidade representa, nos dias de hoje, um aspecto determinante da qualidade de vida das populações e um factor decisivo para a competitividade das regiões e para promover a coesão territorial e social.
Em Alcochete , à semelhança do que acontece nos restantes concelhos inseridos nas grandes áreas metropolitanas, assiste-se a um crescente nível de mobilidade das populações, como é evidenciado pelo crescimento do número médio de deslocações diárias por pessoa e aumento da distância percorrida.
Em simultâneo com este acréscimo de deslocações, verificou-se uma perda significativa da quota de mercado do transporte colectivo em favor do transporte individual.
Neste quadro , o grande desafio que se coloca hoje aos sistemas de mobilidade é o aumento da procura do transporte colectivo.
Todos os especialistas estão de acordo que é necessário desenvolver uma estratégia de mobilidade integrada que permita potenciar um sistema de transportes colectivos fiável, com qualidade e ambiental e financeiramente sustentável.
Nesse capítulo as autarquias têm um papel preponderante.
É que qualquer que seja a resposta que se dê a esse tremendo desafio é imperativo não esquecer que se deve assegurar a respectiva articulação do planeamento do sistema de transportes com os instrumentos de gestão territorial da responsabilidade das Autarquias .
Também neste capítulo , o mandato do executivo CDU na Câmara Municipal de Alcochete , revelou uma total falta de visão estratégica.
No passado dia 11.01.2009 publiquei aqui um texto intitulado «Um mandato a brincar aos autarcas» , no qual manifestei o meu espanto pelo facto de só no final do seu mandato , Luís Franco ,actual Presidente da Câmara e candidato anunciado da CDU nas próximas eleições , ter manifestado o propósito de elaborar um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Município de Alcochete, o Plano Estratégico para a Frente Ribeirinha, promover a Avaliação Ambiental Estratégica. Nesse texto perguntei:
Então é no próprio ano em que finda o mandato que se elaboram planos estratégicos decisivos para o futuro do Concelho?
Num outro texto assinado por mim no Praia dos Moinhos datado de 14 de Outubro de 2007 intitulado «Por um Plano Estratégico para Alcochete»
A questão da mobilidade , na qual se inclui a problemática dos transportes públicos em Alcochete será objecto do Programa Eleitoral da candidatura do PSD às autárquicas 2009.
Tal facto não me impede contudo , motivado pela intervenção oportuna do visitante do Alcochetanidades , de tecer alguns considerandos sobre uma questão que interessa a todos os alcochetanos , independentemente de utilizarem ou não os transportes públicos.
Antes de mais é importante referir que a questão da mobilidade representa, nos dias de hoje, um aspecto determinante da qualidade de vida das populações e um factor decisivo para a competitividade das regiões e para promover a coesão territorial e social.
Em Alcochete , à semelhança do que acontece nos restantes concelhos inseridos nas grandes áreas metropolitanas, assiste-se a um crescente nível de mobilidade das populações, como é evidenciado pelo crescimento do número médio de deslocações diárias por pessoa e aumento da distância percorrida.
Em simultâneo com este acréscimo de deslocações, verificou-se uma perda significativa da quota de mercado do transporte colectivo em favor do transporte individual.
Neste quadro , o grande desafio que se coloca hoje aos sistemas de mobilidade é o aumento da procura do transporte colectivo.
Todos os especialistas estão de acordo que é necessário desenvolver uma estratégia de mobilidade integrada que permita potenciar um sistema de transportes colectivos fiável, com qualidade e ambiental e financeiramente sustentável.
Nesse capítulo as autarquias têm um papel preponderante.
É que qualquer que seja a resposta que se dê a esse tremendo desafio é imperativo não esquecer que se deve assegurar a respectiva articulação do planeamento do sistema de transportes com os instrumentos de gestão territorial da responsabilidade das Autarquias .
Também neste capítulo , o mandato do executivo CDU na Câmara Municipal de Alcochete , revelou uma total falta de visão estratégica.
No passado dia 11.01.2009 publiquei aqui um texto intitulado «Um mandato a brincar aos autarcas» , no qual manifestei o meu espanto pelo facto de só no final do seu mandato , Luís Franco ,actual Presidente da Câmara e candidato anunciado da CDU nas próximas eleições , ter manifestado o propósito de elaborar um Plano Estratégico de Desenvolvimento do Município de Alcochete, o Plano Estratégico para a Frente Ribeirinha, promover a Avaliação Ambiental Estratégica. Nesse texto perguntei:
Então é no próprio ano em que finda o mandato que se elaboram planos estratégicos decisivos para o futuro do Concelho?
Num outro texto assinado por mim no Praia dos Moinhos datado de 14 de Outubro de 2007 intitulado «Por um Plano Estratégico para Alcochete»
http://praiadosmoinhos.blogspot.com/2007/10/o-pdm-da-oportunidade-perdida.html , denunciei a opção pela «navegação à vista» e pela pequena obra de proximidade com os munícipes (reparação da calçada, colocação de placas toponímicas, arranjo e limpeza dos espaços verdes existentes) que tem caracterizado a gestão municipal, e cujo potencial de aproveitamento político interessa rentabilizar ao máximo , em detrimento de qualquer consideração estratégica para o desenvolvimento qualificado e selectivo do concelho.
Em matéria de mobilidade o executivo da CDU também não foge à regra.
Alguma vez se pensou em elaborar um Plano de Mobilidade Sustentável para Alcochete que permita elaborar e promover uma politica sustentável de mobilidade neste concelho?
Na verdade , e enquanto munícipe e candidato do PSD à Assembleia Municipal de Alcochete lamento que até ao momento não tenha havido qualquer iniciativa no sentido promover a Elaboração de um Plano de Mobilidade Sustentável que identifique quais os grandes geradores de tráfego , que caracterize as ligações interconcelhias e defina de forma realista quais os padrões de mobilidade abrangendo os trabalhadores residentes e não residentes no concelho , os estudantes , turistas e visitantes esporádicos , que proceda a um levantamento exaustivo das infraestruturas e serviços de transporte , da acessibilidade rodoviária interna e externa ,das condições de circulação dos peões , das biclicletas , dos automóveis , do estacionamento , da segurança rodoviária , da mobilidade escolar , dos deficientes , idosos e doentes.
Só com um Plano desta natureza é possível projectar uma politica municipal de mobilidade sustentável que corresponda às necessidades do concelho.
Até lá , e porque também nesta matéria a Câmara Municipal de Alcochete se limita a «navegar à vista» , resta aos residentes e não residentes que têm necessidade de utilizar os transportes públicos inter e intraconcelhios , sujeitar-se à insuficiência dos mesmos e a frotas de autocarros em que abundam viaturas com 20 anos ou mais com os consequentes e significativos impactos negativos ao nível da segurança e do conforto, para os passageiros , e para o meio ambiente.
Em matéria de mobilidade o executivo da CDU também não foge à regra.
Alguma vez se pensou em elaborar um Plano de Mobilidade Sustentável para Alcochete que permita elaborar e promover uma politica sustentável de mobilidade neste concelho?
Na verdade , e enquanto munícipe e candidato do PSD à Assembleia Municipal de Alcochete lamento que até ao momento não tenha havido qualquer iniciativa no sentido promover a Elaboração de um Plano de Mobilidade Sustentável que identifique quais os grandes geradores de tráfego , que caracterize as ligações interconcelhias e defina de forma realista quais os padrões de mobilidade abrangendo os trabalhadores residentes e não residentes no concelho , os estudantes , turistas e visitantes esporádicos , que proceda a um levantamento exaustivo das infraestruturas e serviços de transporte , da acessibilidade rodoviária interna e externa ,das condições de circulação dos peões , das biclicletas , dos automóveis , do estacionamento , da segurança rodoviária , da mobilidade escolar , dos deficientes , idosos e doentes.
Só com um Plano desta natureza é possível projectar uma politica municipal de mobilidade sustentável que corresponda às necessidades do concelho.
Até lá , e porque também nesta matéria a Câmara Municipal de Alcochete se limita a «navegar à vista» , resta aos residentes e não residentes que têm necessidade de utilizar os transportes públicos inter e intraconcelhios , sujeitar-se à insuficiência dos mesmos e a frotas de autocarros em que abundam viaturas com 20 anos ou mais com os consequentes e significativos impactos negativos ao nível da segurança e do conforto, para os passageiros , e para o meio ambiente.
Link para «Politica de Mobilidade em Alcochete às cegas» no YouTube:
http://www.youtube.com/watch?v=61Z4DUpp6a0
Os conteúdos no You Tube da edição anterior e desta estão muito bons e espero que Luís Proença dê continuidade a este trabalho deveras meritoso.
ResponderEliminarObrigado Professor João Marafuga. Vontade não me falta.
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